segunda-feira, 20 de setembro de 2021

SLIDES_ERA DOS JUÍZES

 




















EXPANÇÃO TERRITORIAL DO BRASIL_OS BANDEIRANTES_SLIDES

 












OS BANDEIRANTES_7 ANO HISTORIA

 

 

Pintura retrata um grupo de bandeirantes lutando na mata. Pintura de Jean Baptiste Debret / Biblioteca Municipal Mário de Andrade.

 Os Bandeirantes empreenderam várias expedições denominadas de bandeiras. Estas reuniam indivíduos que iam aos sertões coloniais com a intenção de capturar indígenas para uso como mão de obra escrava. Nestas primeiras expedições, o armamento básico utilizado eram arco e flecha (mesmo poderio bélico de muitos indígenas que se intencionava capturar). Por conta de seus propósitos, muitas bandeiras se constituíram como verdadeiras expedições de apresamento. No contexto da União Ibérica (1580-1640), os bandeirantes ultrapassaram os limites do Tratado de Tordesilhas (1494) e ampliaram os domínios portugueses na América.

Na segunda metade do século XVII, o contexto de crise econômica que assolou o Império Português na Europa e suas possessões ultramarinas na América e na África foi desencadeado por uma série de investidas de outras nações. Colônias na África foram tomadas pelos holandeses e o açúcar brasileiro enfrentava a concorrência do açúcar produzido nas Antilhas. Naquela situação, a Coroa portuguesa estimulou a procura por metais preciosos em suas colônias. As bandeiras somaram-se à expedições oficiais financiadas pela própria Coroa denominadas de Entradas. Mas quais eras suas diferenças?

As entradas podem ser consideradas como expedições oficiais de exploração do território na busca por suas potencialidades econômicas. As bandeiras podem ser tomadas como expedições fortemente armadas organizadas por particulares. Os principais objetivos dessas expedições foram a busca por mão de obra indígena; guerras e escravidão de muitos indígenas hostis à colonização; localização e destruição de quilombos formados por negros e indígenas fugidos dos núcleos coloniais e a busca por metais preciosos.

Os mais conhecidos bandeirantes eram, em sua grande maioria, da região paulista. Dentre eles se destacaram: Antônio Raposo Tavares, Domingos Jorge Velho, Morais Navarro, Domingos Calheiros, Estevão Parente, Fernão Dias Paes, Manuel Borba Gato, Bartolomeu Bueno da Silva, Pascoal Moreira Cabral e André Fernandes. Os bandeirantes encontraram ouro por volta de 1695. Dali em diante, empreenderam outras “descobertas” em regiões dos atuais Estados de Minas Gerais, Mato Grosso e Goiás. Quem circular pelas rodovias, avenidas, praças e ruas de São Paulo certamente se verá rodeado de homenagens a esses indivíduos.

Domingos Jorge Velho, bandeirante paulista. Pintura de Benedito Calixto, 1903.

Na historiografia, as representações de que os bandeirantes foram responsáveis pelas riquezas de nosso país; verdadeiros desbravadores do sertão brasileiro; ampliadores de limites territoriais e incansáveis expedicionários na busca por metais e pedras preciosas acabou por reduzir o caráter muito mais complexo da colonização e do papel desempenhado por estes sujeitos. As representações a eles atribuídas e as homenagens que ainda hoje lhes são feitas dificultam uma compreensão maior sobre o complexo funcionamento da sociedade colonial.

Como dito, desde o início da colonização, os bandeirantes se lançaram ao apresamento de indígenas, chegando muitas vezes a invadir Missões Jesuíticas, onde milhares de índios vivenciavam outros processos de desestruturação cultural com base na evangelização e catequese. Conforme apontou John Monteiro, ao longo do século XVII, colonos de São Paulo, assolaram centenas de aldeias indígenas em várias regiões e trouxeram milhares de índios de diferentes grupos étnicos para suas fazendas, obrigando-os a trabalhar de modo compulsório. As frequentes expedições bandeirantistas alimentaram um verdadeiro sistema de mão de obra indígena no planalto paulista que possibilitou a produção e o transporte de gêneros agrícolas para abastecimento de uma complexa rede comercial que incluía outras partes da América Portuguesa e mesmo outras bandas do Atlântico Meridional. Estas questões ainda precisam ser analisadas com maior atenção pelos pesquisadores contemporâneos.

Referências:

CAMPOS, Flavio de; MIRANDA, Renan Garcia. A escrita da história. São Paulo: Escala Educacional, p. 356-362, 2005.

MONTEIRO, John Manuel. Negros da terra. São Paulo: Companhia das Letras, 1994.

MOTA, Myriam Becho; BRAICK, Patrícia Ramos. História: das cavernas ao terceiro milênio. São Paulo: Moderna, v. 1, 1997.

OS HEBREUS: A ERA DOS JUÍZES_6 ANO

 

 

É chamada de Era dos Juízes a segunda das três fases da presença do povo hebraico na região da Palestina (Canaã). Ela se inicia com o episódio conhecido como “Êxodo”, no qual Moisés lidera a volta de seu povo do Egito, onde se encontrava submetido à escravidão e termina com a escolha do fazendeiro benjamita Saul para ser o governante de todo o povo de Israel. Esta era é de extrema importância para o povo judeu, pois é quando estes firmam um território, o primeiro Estado de Israel, e quando se nota como seria importante a união das várias tribos, o que acontecerá na etapa seguinte, a Era dos Reis.


O nome "Era dos Juízes" faz referência à organização política do território, onde cada tribo era governada por um juiz, um líder militar que julgava tudo. Ele funcionava como um intermediador entre a esfera divina e a administração política da comunidade.

Ao mesmo tempo, este tipo de organização demonstra que não havia qualquer consciência nacional entre os hebreus. Não existia um governante supremo para as doze tribos, os juízes governavam apenas sua tribo, e com isso, conseguir auxílio das outras tribos era considerado uma proeza. O único sinal remanescente de alguma nacionalidade hebraica neste período é a existência do Santuário de Shiloh.

Os principais acontecimentos desse período podem ser resumidos num ciclo de três fases. O primeiro, é o desvio da religião e dos mandamentos de Deus (Iavé ou ainda Jeová) por uma das tribos. Ocorre que esta acaba sendo conquistada por algum outro povo da região até que surge um juiz que mostra o caminho para o povo, conseguindo libertá-lo do invasor.

Entre as personalidades que mais se destacaram no tempo dos juízes, podemos citar Débora e Sansão. Débora (cujo nome significa "abelha") era uma profetisa que ao notar o perigo de uma invasão vinda da cidade de Hazor solicita a Barak, um habilidoso chefe militar, para que contenha o inimigo. Barak reúne um grande exército, que conta com seis das tribos de Israel, fato notável devido a divisão ideológica que imperava entre os grupos. Mesmo assim, os soldados de Barak estavam amedrontados pela fama do inimigo e este pede para Débora que acompanhe o exército. Sua presença levanta a moral dos soldados e os inimigos são expulsos.

Já Sansão vinha da tribo de Dan. Sua extrema força era lendária entre os filisteus, inimigos de sua tribo. Contudo, estes enviam Dalila para descobrir o segredo da força de Sansão. Num momento de fraqueza, ele revela que sua força vem dos cabelos que nunca haviam sido cortados. Dalila os corta e Sansão acaba sendo preso. No fim, estando Sansão preso e prestes a morrer nas mãos dos filisteus, pede a Deus um momento de força e em seu último ato recupera sua força, derruba os pilares do templo onde está preso, conseguindo aniquilar vários inimigos ao mesmo tempo. Sua tribo acaba sendo expulsa de sua cidade pelos filisteus que avançavam do oeste, e ruma para Laish, ao norte. Tal história ilustra as dificuldades dos hebreus em manter o controle da terra, já que não apenas os filisteus, mas também os jebuseus ameaçavam esta tribo.