quarta-feira, 21 de abril de 2021

A I GUERRA MUNDIAL (I Parte)

 

  O Imperialismo consiste numa política de expansão e o domínio territorial, cultural e econômico de uma nação sobre outras. A razão básica da colonização era econômica. A Europa tinha vários países passando pela Revolução Industrial, que necessitavam de matérias-primas essenciais para a industrialização, tais como carvão, ferro e petróleo; produtos alimentícios, normalmente carentes na Europa; mercados consumidores para os excedentes industriais; e locais para o investimento de capitais disponíveis na Europa, principalmente na construção de estradas de ferro e exploração de minas. 

Em termos sociais, a colonização era uma válvula de escape para a pressão demográfica. No plano político, o motivo essencial era a preocupação dos Estados europeus em aumentar seus contingentes militares.. Essas mesmas nações expandiram significativamente seu território em direção a outros continentes, sobretudo ao Asiático, ao Africano e à Oceania. A Inglaterra, por exemplo, integrou grandes países ao seu Império, como a Índia e a Austrália. Todo esse processo é conceitualmente tratado pelos historiadores como Imperialismo e Neocolonialismo. Nesse cenário se desencadearam os principais problemas que culminaram no conflito mundial.

Países de potência imperialista com maior porte utilizavam-se de suas armas para reprimir revoltas que ocorressem em seus domínios coloniais, já aqueles de menor domínio, se apropriavam de suas armas para expandir seu processo de colonização. A rivalidade entre tais países baseava-se nisso e a expansão dos arsenais de tais países serviu de cenário para a guerra que veio a ocorrer. Assim, os países da Europa que estavam envolvidos nesse processo compuseram alianças: de um lado estava a Tríplice Entente (Inglaterra, França e Rússia), do outro a Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Imperio Austro-hungaro).

Nesse contexto surge a Paz Armada. Esta, foi a expressão usada para descrever um período da história política da Europa, que antecedeu à Primeira Guerra Mundial, onde havia uma intensa corrida armamentista, quando o bloco da Tríplice Aliança (formada por Alemanha, Império Austro-Húngaro e Itália) e a Tríplice Entente (formada pela Rússia, França e Inglaterra ampliavam sua capacidade bélica). A indústria bélica aumentou os seus recursos, produzindo novas tecnologias para a guerra e quase todas as nações europeias adotaram o serviço militar obrigatório. A Paz Armada (1871-1914) foi muito importante para a Primeira Guerra Mundial, uma vez que as tensões entre os Estados os levaram a gastar grande parte de seu capital para investimentos na indústria do armamento e da promoção do exército, resultando em um complexo sistema de alianças em que as nações estavam em conflito, sem estar em guerra, por isso o nome do conflito de Paz Armada.

 

segunda-feira, 19 de abril de 2021

FEUDALISMO E SOCIEDADE FEUDAL (1º BIMESTRE - 7º ANO)

 


          Feudalismo é o nome dado à forma de organização econômica e social vivenciada na Europa Centro-Ocidental durante o período histórico conhecido como Idade Média, entre os séculos V e XV. O nome é derivado dos feudos (ou vilas), as unidades de habitação e produção que eram características do período. Essas grandes propriedades agrárias demonstraram que houve um processo de ruralização da sociedade que habitava o continente europeu e as ilhas Britânicas, bem como uma passagem da organização do trabalho pautada no escravismo para a servidão.

 Comparada aos dias de hoje, a sociedade feudal é reconhecida por uma mobilidade social bastante restrita. Em outras palavras, isso quer dizer que o indivíduo pertencente a uma determinada ordem acabaria se mantendo nela até o fim de sua vida. Dividia em três diferentes nichos, a sociedade dessa época está genericamente repartida entre clero, nobreza e campesinato.

Do ponto de vista cultural, a estabilidade desse modelo de organização pode ser compreendida através do forte sentimento religioso da época. Segundo a pesquisa de historiadores do quilate de Georges Duby, a organização social da Idade Média era encarada como um desígnio divino que deveria ser passivamente seguido por todos os cristãos. Ir contra as desigualdades e a exploração dessa época significava afrontar uma harmonia proveniente dos céus.

O clero ocupava o topo dessa hierarquia social. Entre os fins da Antiguidade e início da Idade Média, a Igreja estruturou um conjunto de normas que permitiu a disseminação do cristianismo por todo o mundo europeu. Além disso, os membros dessa ordem tinham grande influência entre os grandes proprietários e reis desse período. Ao longo do tempo, a própria instituição acumulou terras e conhecimento em uma época em que a leitura e a escrita era privilégio de poucos.

Logo em seguida temos a presença da nobreza, que detinha o controle sobre os feudos e todo o cenário político da época. Os grandes proprietários eram integrantes da alta nobreza, reconhecida pelos títulos de rei, príncipe, arquiduque, duque, marquês e conde. Abaixo tínhamos a pequena nobreza, sendo composta pelos viscondes, barões e cavaleiros. Estes últimos eram os mais expressivos representantes das forças militares que asseguravam a proteção das propriedades.

A maioria da população feudal era composta por camponeses. Eles eram responsáveis pelo trabalho nas terras e pela produção agrícola. Na maioria dos casos, os camponeses trabalhavam em regime de servidão e se submetiam às exigências de um senhor feudal. Vinculados a uma dura rotina de serviços, muitos camponeses esperavam que a penúria no mundo terreno fosse recompensada pela salvação de suas almas.

Além desses representantes fundamentais da sociedade medieval, ainda podemos falar sobre a existência dos vilões e dos escravos. O vilão era um indivíduo livre que oferecia sua força de trabalho temporariamente a um senhor feudal. Dessa forma, poderia transitar entre diferentes propriedades e estava livre dos vínculos servis tradicionais. Já os escravos eram bastante escassos nessa época e geralmente ficavam responsáveis pela realização de trabalhos domésticos.

DESPOTISMO ESCLARECIDO (8º ANO - 1º BIMESTRE)

 

 



 
 O despotismo esclarecido foi uma forma de governo inspirada em alguns princípios do Iluminismo europeu. O fenômeno ocorreu em certas monarquias da Europa continental, sobretudo a partir da segunda metade do XVIII.

Origem

A expressão “despotismo esclarecido” foi cunhada pelo historiador alemão Wilhelm Roscher, em 1847, portanto, não foi contemporânea a tal política.

O historiador, com este termo, queria explicar uma série de governos que adotaram vários princípios iluministas como o racionalismo, os ideais filantrópicos e o progresso.

No entanto, estes mesmos governos não fizeram nenhuma concessão à limitação do poder real ou expandiram os direitos políticos para as demais camadas da população. Por isso, ele é também conhecido por "despotismo benévolo" ou "absolutismo esclarecido".

Despotismo & Iluminismo.

O surgimento das teorias iluministas, conforme sabemos, serviu de base para a maioria dos argumentos que criticaram a vigência dos regimes absolutistas europeus. Por conta de suas justificativas religiosas e a opressão do poder centralizado, o regime monárquico era visto como um enorme entrave para o desenvolvimento de uma sociedade igualitária e racional. Dessa forma, podemos chegar ao ponto de acreditar que os regimes absolutistas tinham completa aversão às teorias do iluminismo.

Apesar de coerente, essa impressão não refletiu certeiramente as diferenças perceptíveis nas obras de alguns iluministas. Voltaire, por exemplo, apesar de defender a limitação dos poderes atribuídos ao Estado, não via com bons olhos a ampliação das instâncias de participação política da população. Contrário à transformação política radical, prefere que as monarquias sejam reformadas ao adotarem princípios de orientação sustentados pela lógica e pela razão.

Não por acaso, essa ideia apontada pelo autor francês trilhou o caminho pelo qual diversos monarcas da Europa permitiriam a incursão de assessores e ministros influenciados pelo ideário iluminista. Entre outras mudanças, as reformas estabelecidas por esses funcionários tinham como objetivo modernizar o funcionamento do Estado, ampliar o número de instituições de ensino e possibilitar o desenvolvimento da economia nacional.

Curiosamente, o despotismo esclarecido parecia fazer uma escolha pontual das ideias do iluminismo, afastando qualquer tipo de medida que viesse a ameaçar ou diminuir a autoridade do rei em seu país. Além disso, no momento em que pregava a expansão das atividades econômicas, o despotismo esclarecido acabou amenizando as tensões políticas que pudessem se colocar entre a burguesia e a realeza.

Observado o desenvolvimento de tal tendência na Europa, podemos compreender que a penetração de valores iluministas nos governos monárquicos não aconteceu de forma semelhante. Na França, o amplo poder real e a irredutibilidade mediante as manifestações populares criaram o ambiente de tensões que desembocou no desenvolvimento da Revolução de 1789. Décadas mais tarde, as outras monarquias ruíram por meio da inspiração francesa.

Entre os principais governos marcados pelo despotismo esclarecido, podemos destacar os monarcas Catarina II da Rússia, Dom José II de Portugal (influenciado pelo ministro Marquês de Pombal), Frederico II da Prússia, José II da Áustria e Carlos III da Espanha (orientado pelos conselhos do ministro Conde de Aranda).

PRÉ-HISTORIA ( 6 ANO - 1º BIMESTRE)

         A Pré-História é o período que acompanha a evolução da Terra, do homem e todos os seres vivos. O estudo da Pré-História permite-nos acompanhar o desenvolvimento e a evolução dos primeiros hominídeos até o surgimento de ferramentas que possibilitaram o aperfeiçoamento no estilo de vida dos seres humanos.

        A Pré-História tem como ponto de partida o surgimento dos primeiros hominídeos e encerra-se quando é desenvolvida a primeira forma de escrita pela humanidade — marco que aconteceu entre 3500 a.C. e 3000 a.C. Esse período é dividido, basicamente, em Paleolítico, Mesolítico e Neolítico.

         Um dos grandes marcos da Pré-História é o surgimento do homo sapiens sapiens, a nossa espécie humana, que apareceu há 300 mil anos AP (Antes do Presente — unidade temporal definida pela Arqueologia tendo como base o ano de 1950 d.C.).

  Divisão da Pré-História

           A Pré-História é um período da história humana particularmente grande. A sua nomenclatura e larga duração remetem ao século XIX, quando os primeiros vestígios da vida humana pré-histórica começaram a ser encontrados. Isso porque no século XIX existia a noção de que a História só poderia ser feita por meio de documentos escritos e, assim, todos os acontecimentos anteriores ao surgimento da escrita ficaram conhecidos como “Pré-História”. A Pré-História abrange, aproximadamente, um período que se estende de 3 milhões de anos atrás a 3.500 a.C.

PALEOLÍTICO

 O período Paleolítico é conhecido também como Idade da Pedra Lascada e esse nome faz referência aos objetos que eram utilizados pelo homem para sua sobrevivência, que eram produzidos exatamente de pedra lascada. Esse período estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 10.000 a.C. e foi subdividido em três fases que são Paleolítico Inferior, Médio e Superior.

Cada um desses períodos possui as suas particularidades e veremos um breve resumo de cada uma delas, começando pelo Paleolítico Inferior. Esse período começa a ser contado exatamente quando os hominídeos começaram a ter a habilidade de produzir as primeiras ferramentas para sua sobrevivência.

Essas ferramentas foram obra do homo habilis e do homo erectus (o primeiro hominídeo a ficar numa posição totalmente ereta). Essa fase estendeu-se de 3 milhões de anos atrás a 250 mil anos atrás.

O Paleolítico Médio compreendeu o período de 250 mil anos atrás a 40.000 a.C. e é caracterizado, principalmente, pela presença do homem de Neandertal. O homo sapiens já existia nessa época, uma vez que seu surgimento aconteceu há 300 mil anos. Os estudos arqueológicos mostram que nesse tempo o estilo de vida do homem tornou-se um pouco mais sofisticado com novas ferramentas sendo elaboradas e com o uso do fogo sendo mais difundido.

Por fim, há também o Paleolítico Superior, que foi de 50.000 a.C. a 10.000 a.C. Nesse período, as ferramentas utilizadas pelo homem passaram a ser elaboradas em grande diversidade. Eram produzidos pequenos anzóis, machados, agulhas e até mesmo a arte começou a ser concebida pelo homem. No caso da arte, o destaque vai para a pintura rupestre, realizada nas paredes das cavernas.

Pintura rupestre realizada na parede de uma caverna localizada na Tailândia.
Pintura rupestre realizada na parede de uma caverna localizada na Tailândia.

Abrangendo os três períodos, resumidamente, o Paleolítico é um período em que o homem sobrevivia da coleta e da caça, sendo fundamental, no caso da caça, a elaboração de ferramentas para auxiliá-lo na obtenção do alimento. Por depender da caça e coleta, o homem era nômade e mudava de lugar quando os recursos do local que estava instalado ficava escasso.

Como a temperatura geral da Terra era mais amena, sobretudo nos períodos de glaciação, o homem vivia nas cavernas para proteger-se do frio. As ferramentas utilizadas poderiam ser feitas de ossos, pedras e marfim. No fim do Paleolítico, o ser humano começou a experimentar as primeiras experiências religiosas, e o desenvolvimento do estilo de vida dos homens fez com que eles desenvolvessem rituais funerários, por exemplo.

No mundo houve glaciações intensas. Aconteceu na Europa e em partes da Ásia e estendeu-se, aproximadamente, entre 13.000 a.C. e 9.000 a.C. Esse período marcou a decadência dos agrupamentos humanos que viviam exclusivamente da caça em detrimento daqueles que eram caçadores e coletores. Ficou marcado também pelo desenvolvimento da olaria (produção de cerâmica) e da técnica para produção de tecidos. Considera-se o fim desse período o momento em que a agricultura foi desenvolvida.