Exibição dos trabalhos realizados em sala de aula pelos alunos da Escola Estadual de Tempo Integral GOVERNADOR DINARTE MARIZ em Alexandria-Rn, nas disciplinas de História e Geografia.
As Grandes Navegações, também conhecidas como Expansão
Marítima, foram o processo de exploração e navegação do Oceano Atlântico
que se iniciou no século XV e estendeu-se até o século XVI. Nesse
período, os europeus descobriram novos caminhos marítimos para alcançar a
Ásia. Além disso, chegaram pela primeira vez a terras até então
desconhecidas por eles, como o continente americano, local ao qual
chegaram em 1492. As Grandes Navegações foram o processo de
exploração do Oceano Atlântico realizado pioneiramente por Portugal no
século XV e acompanhado por outros países europeus ao longo do XVI.
Levaram a uma série de “descobrimentos” por parte dos europeus e
resultaram, por fim, na chegada europeia ao continente americano em
1500.
Por meio das Grandes Navegações, iniciou-se a colonização da América e consolidou-se a passagem da Idade Média para a Idade Moderna.
No final da Idade Média, o mundo que os europeus
conheciam resumia-se ao Oriente Médio, ao norte da África e às Índias,
nome genérico pelo qual designavam o Extremo Oriente, isto é, leste da
Ásia.
Grande parte dos europeus conhecia apenas o
Extremo oriente por meio de relatos; como o do viajante veneziano
Marco Pólo, que partiu de sua cidade em 1271, acompanhando seu pai e
seu tio em uma viagem àquela região.
A América e a Oceania eram totalmente desconhecidas pelos europeus.
Período de transição entre Idade Média e Idade Moderna.
Mesmo as informações de
que os europeus dispunham sobre muitas das regiões conhecidas eram
imprecisas e estavam repletas de elementos fantasiosos.
Durante os séculos XV e XVI,
exploradores europeus, mas principalmente portugueses e espanhóis,
começaram a aventurar-se pelo “mar desconhecido”, isto é, pelo oceano
Atlântico e também pelo Pacífico e Índico dando início à chamada Era
das Navegações e Descobrimentos Marítimos.
As primeiras rotas das grandes navegações
Os objetivos
No século XV, os países
europeus que quisessem comprar especiarias (pimenta, açafrão, gengibre,
canela e outros temperos), tinham que recorrer aos comerciantes de
Veneza ou Gênova, que possuíam o monopólio destes produtos. Com acesso
aos mercados orientais - Índia era o principal - os burgueses italianos
cobravam preços exorbitantes pelas especiarias do oriente. O canal de
comunicação e transporte de mercadorias vindas do oriente era o Mar
Mediterrâneo, dominado pelos italianos. Encontrar um novo caminho para
as Índias era uma tarefa difícil, porém muito desejada. Portugal e
Espanha desejavam muito ter acesso direto às fontes orientais, para
poderem também lucrar com este interessante comércio.
Um outro fator importante, que
estimulou as navegações nesta época, era a necessidade dos europeus de
conquistarem novas terras. Eles queriam isso para poder obter
matérias-primas, metais preciosos e produtos não encontrados na Europa.
Até mesmo a Igreja Católica estava interessada neste empreendimento,
pois, significaria novos fiéis.
Os reis também estavam
interessados, tanto que financiaram grande parte dos empreendimentos
marítimos, pois com o aumento do comércio, poderiam também aumentar a
arrecadação de impostos para os seus reinos. Mais dinheiro significaria
mais poder para os reis absolutistas da época.
Pioneirismo português
Portugal foi o pioneiro
nas navegações dos séculos XV e XVI devido a uma série de condições
encontradas neste país ibérico. A grande experiência em navegações,
principalmente da pesca de bacalhau, ajudou muito Portugal. As
caravelas, principal meio de transporte marítimo e comercial do período,
eram desenvolvidas com qualidade superior à de outras nações. Portugal
contou com uma quantidade significativa de investimentos de capital
vindos da burguesia e também da nobreza, interessadas nos lucros que
este negócio poderia gerar. Neste país também houve a preocupação com
os estudos náuticos, pois os portugueses chegaram a criar até mesmo uma
centro de estudos: A Escola de Sagres.
A Revolução Industrial foi um marco para desvalorização do trabalho
manual, pois muitos foram substituídos por máquinas, e os que
trabalhavam na fábrica, só participavam de determinada fase da produção.
O trabalho se tornava algo contínuo, repetitivo, mecanizado, por
exemplo, se a função era bater um prego em determinado local do produto,
era só isso que se fazia o dia inteiro, na mesma velocidade e ritmo.
Muitos não sabiam nem qual era o produto final, e essa função muitas
vezes não correspondia ao valor do que ele era capaz de produzir.
Mas não haviam opções, o trabalho nas fábricas era o que dominava nas
cidades da Inglaterra, e aos artesãos que desejavam continuar seu
trabalho manual, não era mais possível, pois não tinham condições de
concorrer no mercado com os capitalistas. A relação entre os indivíduos
começou a ser controlada pelo mercado, não haviam mais laços e relações
comunitárias. A divisão de classes era fundamental para a operação do
sistema, ou seja, a classe dos proprietários, e a classe dos
proletariados.
As fábricas não eram ambientes adequados de trabalho, tinham péssimas
condições de iluminação e ventilação. Não haviam medidas nem
equipamentos de segurança para os operários, muitos se acidentavam e
contraíam graves doenças. A média de vida dos trabalhadores era muito
baixa comparada à de hoje. A jornada de trabalho chegava até 16 horas
por dia, sem direito a descansos e férias. Os salários eram baixíssimos,
garantindo ainda mais lucros aos proprietários, e a disciplina era
rigorosa para manter o aumento da produção. Os trabalhadores não tinham
direitos e nem o amparo social. Mulheres e crianças trabalhavam da mesma
maneira que os homens, nas mesmas condições, mas o salário pago a eles
era bem mais baixo. Portanto, era muito mais lucrativo contratá-los. E
pelos baixos valores oferecidos, era fundamental que todos da família
trabalhassem.
As condições de vida e de trabalho eram precárias, e por serem
submetidos à tantas situações difíceis e sem escolha, os operários se
uniram e começaram a organizar movimentos e revoltas. A qualidade de
vida dos trabalhadores ingleses durante a Revolução Industrial era
péssima, pois as condições de trabalho eram terríveis, os direitos
trabalhistas eram praticamente inexistentes e não havia uma preocupação
muito grande em relação à urbanização racional, higiênica e eficiente,
de modo que os trabalhadores viviam amontoados em bairros imundos e em
construções inadequadas. Por conta disto houve a difusão de muitas
doenças infecciosas, como a cólera, que matou milhares de trabalhadores,
muitos acidentes de trabalho e o avanço do alcoolismo, fator que é
associado a uma tentativa por parte dos trabalhadores de vencer o
cotidiano difícil. Eis alguns relatos:
(1) Os primeiros dias de setembro foram muito quentes. Os jornais
noticiavam que homens e cavalos caiam mortos nos campos de produção
agrícola. Ainda assim a temperatura nunca passava de 29°C durante a
parte mais quente do dia. Qual era então a situação das pobre crianças
que estavam condenadas a trabalhar quatorze horas por dia, em uma
temperatura média de 28°C? Pode algum homem, com um coração em seu
peito, e uma língua em sua boca, não se habilitar a amaldiçoar um
sistema que produz tamanha escravidão e crueldade? (William Cobbett fez
um artigo sobre uma visita a uma fábrica de tecidos feita em setembro de
1824)
(2) Pergunta: Os acidentes acontecem mais no período final do dia?
Resposta: Eu tenho conhecimento de mais acidentes no início do dia do
que no final. Eu fui, inclusive, testemunha de um deles. Uma criança
estava trabalhando a lã, isso é, preparando a lã para a maquina; Mas a
alça o prendeu, como ele foi pego de surpresa, acabou sendo levado para
dentro do mecanismo; e nós encontramos de seus membros em um lugar,
outro acolá, e ele foi cortado em pedaços; todo o seu corpo foi mandado
para dentro e foi totalmente mutilado. (John Allett começou a trabalhar
numa fábrica de tecidos quando tinha apenas quatorze anos. Foi convocado
a dar um depoimento ao parlamento britânico sobre as condições de
trabalho nas fábricas aos 53 anos)
(3) Eu tive freqüentes oportunidades de ver pessoas saindo das
fábricas e ocasionalmente as atendi como pacientes. No último verão eu
visitei três fábricas de algodão com o Dr. Clough, da cidade de Preston,
e com o sr. Barker, de Manchester e nós não pudemos ficar mais do que
dez minutos na fábrica sem arfar (ficar sem ar) para respirar. Como é
possível para aquelas pessoas que ficam lá por doze ou quinze horas
agüentar essa situação? Se levarmos em conta a alta temperatura e também
a contaminação do ar; é alguma coisa que me surpreende: como os
trabalhadores agüentam o confinamento por tanto tempo. (O Dr. Ward, de
Manchester, foi entrevistado a respeito da saúde dos trabalhadores do
setor têxtil em março de 1919)
(4) Aproximadamente uma semana depois de me tornar um trabalhador no
moinho, fui acometido por uma forte e pesada doença da qual poucos
escapavam ao se tornarem trabalhadores nas fábricas. A causa dessa
doença, que é conhecida pelo nome de “febre dos moinhos”, é a atmosfera
contaminada produzida pela respiração de tantas pessoas num pequeno e
reduzido espaço; também pela temperatura alta e os gases exalados pela
graxa e óleo necessários para iluminar o ambiente. (Esse depoimento faz
parte do livro “Capítulos da vida de um garoto nas fábricas de Dundee”,
de Frank Forrest)
(5) Nosso período regular de trabalho ia das cinco da manhã até as
nove ou dez da noite. No sábado, até as onze, às vezes meia-noite, e
então éramos mandados para a limpeza das máquinas no domingo. Não havia
tempo disponível para o café da manhã e não se podia sentar para o
jantar ou qualquer tempo disponível para o chá da tarde. Nós íamos para o
moinho às cinco da manhã e trabalhávamos até as oito ou nove horas
quando vinha o nosso café, que consistia de flocos de aveia com água,
acompanhado de cebolas e bolo de aveia tudo amontoado em duas vasilhas.
Acompanhando o bolo de aveia vinha o leite. Bebíamos e comíamos com as
mãos e depois voltávamos para o trabalho sem que pudéssemos nem ao menos
nos sentar para a refeição. (O jornal Ashton Chronicle entrevistou John
Birley em maio de 1849)
(6) Na primavera de 1840, eu comecei a sentir dores no meu pulso
direito, essa dor vinha da fraqueza geral de minhas juntas, o que vinha
acontecendo desde minha entrada na fábrica. A sensação de dor só
aumentava. O pulso chegava a inchar muito chegando a medir até 12
polegadas ao mesmo tempo em que meu corpo não era mais do que ossos. Eu
entrei no hospital St. Thomas no dia 18 de julho para operar. A mão foi
extraída um pouco abaixo do cotovelo. A dissecação fez com que os ossos
do antebraço passassem a ter uma curiosa aparência – algo como uma
colméia vazia – com o mel tendo desaparecido totalmente. (William Dodd
escreveu sobre sua situação como criança trabalhadora acidentada no
trabalho em seu panfleto “Narrativa de uma criança aleijada” no ano de
1841)
(7) Quando eu tinha sete anos de idade fui trabalhar na fábrica do
Sr. Marshall em Shrewsbury. Se uma criança se mostrasse sonolenta o
responsável pelo turno a chamava e dizia, “venha aqui”. Num canto da
sala havia uma cisterna de ferro cheia de água. Ele pegava a criança
pelas pernas e a mergulhava na cisterna para depois manda-la de volta ao
trabalho. (Jonathan Downe foi entrevistado por um representante do
parlamento britânico em junho de 1832)
(8) Eu trabalhava das cinco da manhã até as nove da noite. Eu vivia a
duas milhas do moinho. Nós não tínhamos relógio. Se eu chegasse
atrasado ao moinho eu seria punido com descontos em meu pagamento. Eu
quero dizer com isso que se chegasse quinze minutos atrasado, meia hora
de meu pagamento seria retirado. Eu só ganhava um penny por hora, e eles
iriam tirar metade disso. (Elizabeth Bentley foi entrevistada por
representantes do parlamento britânico em junho de 1832)
(9) A tarefa que inicialmente foi dada a Robert Blincoe era a de
pegar o algodão que caía no chão. Aparentemente nada poderia ser mais
fácil… Mesmo assim ele ficava apavorado pelo movimento das máquinas e
pelo barulho dos motores. Ele também não gostava da poeira e do cano que
soltava fumaça, pois acabava se sentindo sufocado. Ele logo ficou
doente e em virtude disso constantemente parava de trabalhar porque suas
costas doíam. Isso motivou Blincoe a se sentar; mas essa atitude, ele
logo descobriu, era proibida nos moinhos. (As experiências vividas por
John Brown numa fábrica de tecidos foram publicadas num artigo do jornal
The Lion)
(10) São constantes as informações sobre crianças que trabalham em
fábricas e que são cruelmente agredidas pelos supervisores a ponto de
seus membros se tornarem distorcidos pelo constante ficar de pé e
curvar-se (para apanhar). Por isso eles crescem e se tornam aleijados.
Eles são obrigados a trabalhar treze, quatorze ou até quinze horas por
dia. (Trecho do livro “A História da produção de algodão”, de Edward
Baines)
Ainda
de uma forma muito tímida, uma das mais antigas formas de
escrita
surge no Egito de 3100 a.C., dando origem aos primeiros tipos de
hieróglifos.
Nos dias de hoje, não nos é possível dizer quem
foi o idealizador deste fato,
contudo conhecemos a origem mitológica da escrita, ou seja, como
os egípcios
acreditavam que tenha ocorrido.
Para
eles, Toth (deus da escrita e da sabedoria) criou a escrita para
tornar os egípcios mais sábios e fortalecer a
memória, mas Rá (deus solar)
discordava, dizendo que entregar os hieróglifos aos
egípcios serviria apenas
para contemplar a recordação, faria-os recorrer aos
documentos e não ao
pensamento ou a si próprios, ou seja, a escrita enfraqueceria a
memória e,
consequentemente, a sabedoria. Todavia, apesar de ser contra a vontade
de Rá,
Toth envia as técnicas de escrita para alguns egípcios.
No
Antigo Egito, apenas cerca de 4% das pessoas sabiam ler e escrever.
Essa minoria, então, foi chamada de escriba. Cada escriba,
além da leitura e da
escrita, dominava o cálculo, o que mostra sua importância
para a administração
daquela região, coletando impostos, escrevendo os documentos,
oficiais ou não,
e decorando paredes e objetos.
Assim
como qualquer outra forma de escrita, os hieróglifos não
eram
constantes ou estáticos e sofreram variações ao
longo dos anos. Primeiramente,
a língua egípcia (antigo egípcio) continha uma
quantidade reduzida de símbolos,
utilizados somente em forma de textos pequenos. Mais tarde,
acrescentando
símbolos, funções e regras, surge o médio
egípcio. Na XVIII dinastia, Akhenaton
implanta o neoegípcio, porém, foi o médio
egípcio que prevaleceu, tendo o
último datado de 394 d.C..
Além
disso, os escribas começaram a simplificar a escrita, criando a
forma cursiva dos desenhos hieroglíficos e dando origem à
escrita hierática.
Pouco mais tarde, simplificando ainda mais a escrita hierática,
surge o
demótico. Por fim, cria-se a escrita copta, que misturava
elementos do grego e
do demótico. O copta continua sendo utilizado dentro de Igrejas
como língua
oficial, assim como o latim, mas é considerada uma
língua morta,
desde o século XI.
Mas,
afinal,
como os hieróglifos eram lidos?
Para
ler os
hieróglifos é necessário observar o sentido em que
a figura representada está
voltada, por exemplo, quando se utiliza uma imagem humana, devemos
notar para
onde ela está olhando, lá será o início da
frase. A escrita pode, então, ter
quatro sentidos, dois na horizontal (da direita para a esquerda e da
esquerda
para a direita) e dois na vertical (da direita para a esquerda e
da esquerda para a direita).
Por exemplo, na imagem abaixo temos a Estela de Den (3000 - 2930 a.C).
Nelas
existem hieróglifos nos quatro sentidos: os símbolos sob
contorno verde devem
ser lidos da direita para a esquerda na horizontal. Os em contorno
vermelho,
também serão lidos na horizontal, mas da esquerda para a
direita. Já os em azul
e rosa serão lidos na vertical de cima pra baixo, da direita
para a esquerda e
da esquerda para a direita, respectivamente.
A Revolução Industrial
foi o período de grande desenvolvimento tecnológico que teve início na
Inglaterra a partir da segunda metade do século XVIII e que se espalhou
pelo mundo, causando grandes transformações. Ela garantiu o surgimento
da indústria e consolidou o processo de formação do capitalismo.
O nascimento da indústria causou grandes
transformações na economia mundial, assim como no estilo de vida da
humanidade, uma vez que acelerou a produção de mercadorias e a
exploração dos recursos da natureza. Além disso, foi responsável por grandes transformações no processo produtivo e nas relações de trabalho.
A Revolução Industrial foi iniciada de maneira pioneira na Inglaterra,
a partir da segunda metade do século XVIII, e atribui-se esse
pioneirismo aos ingleses pelo fato de que foi lá que surgiu a primeira
máquina a vapor, em 1698, construída por Thomas Newcomen e aperfeiçoada
por James Watt, em 1765. O historiador Eric Hobsbawm, inclusive,
acredita que a Revolução Industrial só foi iniciada de fato na década de
1780|1|.
Uma das principais invenções da Primeira Revolução Industrial foi a locomotiva a vapor.
O avanço tecnológico característico da
Revolução Industrial permitiu um grande desenvolvimento de maquinário
voltado para a produção têxtil, isto é, de roupas. Com isso, uma série
de máquinas, como a “spinningJenny”, “spinningframe”, “waterframe” e a “spinningmule”,
foram criadas para tecer fios. Com essas máquinas, era possível tecer
uma quantidade de fios que manualmente exigiria a utilização de várias
pessoas.
Posteriormente, no começo do século XIX, o desenvolvimento tecnológico foi utilizado na criação da locomotiva e das estradas de ferro,
que, a partir da década de 1830, foram construídas por toda a
Inglaterra. A construção das estradas de ferro contribuiu para ampliar o
crescimento industrial, uma vez que diminuiu as distâncias, ao tornar
as viagens mais curtas, e ampliou a capacidade de locomoção de
mercadorias.
O desenvolvimento das estradas de
ferro aproveitou aprosperidade da indústria inglesa, uma vez que os
financiadores de sua construção foram exatamente os capitalistas que
prosperaram na Revolução Industrial. Isso porque a
indústria inglesa não conseguia absorver todo o excedente de capital,
fazendo com que os investimentos nas estradas de ferro acontecessem.
O Renascimento
surgiu na Itália durante o século XIV e se caracterizava por ser um
movimento de renovação que atingiu as artes, a cultura e a ciência. Esse
pensamento inovador foi impulsionado para outras regiões da Europa e
promoveu mudanças na filosofia, economia e política de outros países.
Também denominado de renascença ou renascentismo, as transformações que aconteceram no período impactaram profundamente a mentalidade da História Medieval e marcaram a transição da Idade Média para a História Moderna.
O antropocentrismo colocava o homem no centro do Universo e o
teocentrismo característico da época anterior era deixado de lado.
Como
estética, o renascimento criou princípios e métodos muito próximos aos
estilos da arte clássica dos povos greco-romanos. As regras matemáticas
permitiram gerar novas técnicas de perspectivas e imprimir os aspectos
reais dos objetos em áreas planas.
Apesar
de ter abandonado a mentalidade da Idade Média, o renascimento não
acabou definitivamente com todos os elementos da época anterior. Várias
noções e pensamentos da era medieval ainda conviveram durante muito
tempo com a Modernidade.
"A criação de Adão", obra do Renascimento pintada por Michelangelo. (Imagem: Wikipedia)
Contexto Histórico
O
renascimento foi um período histórico e movimento cultural que surgiu
na Europa, precisamente na Itália, no século XIV e com auge no século
XVI. O movimento representava a retomada da cultura clássica Greco-romana e a tomada de consciência social, política e econômica que passaram acontecer no final da Idade Medieval.
O
nascimento das cidades e o desenvolvimento econômico contribuíram para
que os nobres, artistas, artesões se deslocassem para os grandes centros
urbanos. Uma nova classe social surgia. Era a burguesia, grupo formado
por comerciantes, donos de empresas e pessoas de prestígio que detinham
poder econômico e aos poucos conquistou poderes políticos.
A centralização das decisões nas mãos dos reis fez surgir a Monarquia Nacional
que deu fim ao feudalismo e início a maior liberdade econômica e
comercial. Além disso, as decisões da Igreja Católica foram contestadas,
o teocentrismo perdeu espaço para o Antropocentrismo e uma Reforma
Protestante foi iniciada.
Foram
esses contextos políticos, históricos, econômicos e culturais que deram
início à nova mentalidade da época. Essa nova forma de pensar foi a
responsável por fazer surgir o Renascimento.
Características do Renascimento
Deus
era o centro do Universo durante a Idade Média, mas com o Renascimento
essa visão de mundo foi modificada e o Homem tornou-se o pondo central.
Vários dos aspectos humanos ganharam destaque. Os estudos científicos
contribuíram para isso. O Homem Vitruviano de Leonardo Da Vinci, por
exemplo, apresentava o homem ideal a partir das proporções.
O "Homem Viturviano" é uma obra criada por Da Vinci. (Imagem: Wikipedia)
O Antropocentrismo é um conceito e uma filosofia que
ressalta a importância do homem como um ser dotado de inteligência e,
portanto, livre para realizar suas ações no mundo.
A palavra vem do do grego: anthropos "humano" e kentron "centro" que significa homem no centro.
Surgiu questionando o Teocentrismo sistema onde Deus (Theos, em grego) estaria no centro do mundo.
Assim, o antropocentrismo é um conjunto de ideias onde o homem
representa a figura central, nos campos da cultura, ciência, sociedade e
é a principal referência para o entendimento do mundo.
O ser
humano, para o antropocentrismo, é racional, crítico, questionador da
sua própria realidade e responsável, portanto pelos seus pensamentos e
ações.
Busca a verdade por meio de análises e do método racional e
científico, através de provas e explicações, de preferência,
matemáticas.
Essa independência humana de Deus levou o ser humano a
refletir, criar, difundir e produzir conhecimento de outra forma,
possibilitou grandes descobertas científicas e o surgimento do
individualismo.
Diferenças entre Teocentrismo e Antropocentrismo
Por oposição, o Teocentrismo está relacionado à religião, que explica os fenômenos naturais a partir da vontade de um ser superior.
Toda a sociedade, em seu aspecto social, cultural e econômico, deveria se basear segundo Deus.
Foi um conceito muito difundido durante a Idade Média quando a religião possuía um papel importante na vida da sociedade.
Humanismo e Antropocentrismo
Durante
o século XV e XVI, a Europa passa por várias transformações econômicas e
sociais. Alguns acontecimentos são as grandes navegações, invenção da
imprensa, reforma protestante, declínio do sistema feudal, surgimento da
burguesia, cientificismo, etc.
Nesta época, surge o o humanismo renascentista e o antropocentrismo é parte de movimento. Com isso, os estudiosos tinham o intuito de trazer à tona questões baseadas no cientificismo empirista.
Por
isso, o antropocentrismo representou a passagem do feudalismo ao
capitalismo mercantil, ou ainda, da passagem da Idade Média para Idade
Moderna.
As artes em geral (literatura, pintura, escultura,
música, etc.) bem como a filosofia, se pauta em esta nova visão de
mundo, a fim de criar suas obras.
Igualmente, os humanistas
incentivaram a inclusão de disciplinas no universo acadêmico,
importantes para o desenvolvimento dessa nova mentalidade como
filosofia, línguas, literatura, artes, humanidades e ciências.
Antropocentrismo e religião
Embora
a figura divina fosse questionada, Deus não foi deixado de lado no
Antropocentrismo. O “sagrado” ainda fazia parte da vida das pessoas, no
entanto, passou a não ser a única fonte da verdade. A própria Bíblia foi
bastante estudada neste momento através de novas traduções e crítica
histórica.
A verdade, entretanto, deveria ser buscada através da racionalidade humana (razão), pois esta seria uma dádiva divina.