A ação dos jesuítas garantiu a expansão do catolicismo ao longo do território brasileiro.
Seguindo atribuições diretas do rei Dom João III, o governador-geral,
Tomé de Sousa, chegou ao Brasil em 1549 trazendo vários padres jesuítas
que deveriam propagar a fé católica. Fundando colégios e missões pelo
litoral e interior do Brasil, os jesuítas passaram a não só tratar da
conversão dos nativos, bem como a administrar as principais instituições
de ensino da época e auxiliar os mais importantes órgãos de
administração e controle da metrópole.
Mesmo salientando o apoio oficial, não podemos deixar de falar dos
conflitos que envolveram os jesuítas e os colonizadores. Nas primeiras
décadas da colonização, a enorme dificuldade para se obter mão de obra
escrava africana motivou vários colonos a buscarem a força de trabalho
compulsória dos índios. Logo de início, os jesuítas se opuseram a tal
prática, já que a transformação dos índios em escravos dificultava
imensamente o trabalho de evangelização.
Na segunda metade do século XVIII, a presença dos jesuítas no Brasil
sofreu um duro golpe. Nessa época, o influente ministro Marquês de
Pombal decidiu que os jesuítas deveriam ser expulsos do Brasil por conta
da grande autonomia política e econômica que conseguiam com a
catequese. A justificativa para tal ação adveio da ocorrência das
Guerras Guaraníticas, onde os padres das missões do sul armaram os
índios contra as autoridades portuguesas em uma sangrenta guerra.
Apesar desse episódio, a herança religiosa dos jesuítas ainda se
encontra manifesta em vários setores da nossa sociedade. Muitas escolas
tradicionais do país, bem como várias instituições de ensino superior
espalhadas nos mais diversos pontos do território brasileiro, ainda são
administradas por setores dirigentes da Igreja Católica. Somente no
século XIX, foi que as escolas laicas passaram a ganhar maior espaço no
cenário educacional brasileiro.
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