Castro Alves é considerado um dos maiores poetas brasileiros. Seus poemas estão entre os mais lidos no país. Grande parte deles se caracteriza pelo espírito humanista e pelo ideal de liberdade. Por sua luta abolicionista, Castro Alves tornou-se conhecido como Poeta dos Escravos e Poeta da Abolição.
Vida curta e intensa
Antônio Frederico de Castro Alves nasceu no dia 14 de março de 1847, em Muritiva, próximo a Curralinho (atual Castro Alves), na Bahia. Quando ele tinha 5 anos de idade, sua família mudou-se para Salvador, onde o menino realizou seus primeiros estudos. A vocação para a literatura manifestou-se desde cedo.
Castro Alves viveu na época em que as ideias do abolicionismo tomavam força. Ciente de seu papel social como poeta, tornou-se um grande defensor do fim da escravidão e aproximou-se de políticos que se opunham ao regime escravista, como Joaquim Nabuco e Rui Barbosa. Ele participou também das agitações políticas durante a Guerra do Paraguai (1864–70).
O poeta iniciou uma relação amorosa com a atriz portuguesa Eugênia Câmara em 1866. O fim do tumultuado relacionamento, cerca de dois anos mais tarde, deixou-o extremamente triste e abatido. Em 1870, durante uma caçada, o escritor sofreu um ferimento e precisou ter o pé esquerdo amputado.
Os sofrimentos sentimentais e físicos debilitaram a saúde do jovem poeta. Castro Alves morreu de tuberculose em 1871, aos 24 anos de idade, em Salvador.
Poesia libertária
Castro Alves é considerado o principal representante da terceira geração do romantismo no Brasil. O romantismo foi uma corrente literária do século XIX que valorizava as emoções, a sensibilidade e a liberdade criativa.
O único livro que Castro Alves publicou em vida foi Espumas flutuantes, de 1870. Postumamente, foram lançados A cachoeira de Paulo Afonso (1876) e Os escravos (1883), além da coleção Obra completa, de 1960. Seus poemas mais famosos são “Vozes d’África” e “O navio negreiro”. Outros poemas de destaque incluem “O São Francisco”, “A queimada”, “O livro e a América”, “Mocidade e morte”, “Adeus” e “A canção do violeiro”.
Castro Alves é autor também de uma peça de teatro, Gonzaga, ou a Revolução de Minas, escrita em 1867 e publicada em 1875. Ele é o patrono da cadeira número 7 da Academia Brasileira de Letras.
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