terça-feira, 29 de março de 2022

RELATO IMAGINÁRIO DA GUERRA DE TRINCHEIRAS - ALUNO VICTOR LUÍS - 9º ANO ESCOLA DINARTE MARIZ

Alemanha, 26 de maio de 1916, ontem a tarde estava fria e eu estou no front contra a França, nunca imaginei na minha vida passar pelo inferno na terra, vários parceiros, amigos e uns que eu considerava como irmão, mortos ao meu lado, nesse momento estou dentro das trincheiras muito machucado e com frio, muito frio.

Fomos atacados de surpresa com o Gás Mostarda, mas colocamos a máscara a tempo, já nosso sargento Jaime Alonso muito descuidado perdeu sua máscara durante a guerra e não sobreviveu ao gás, ele ficou se contorcendo no chão como se fosse entrar para dentro da terra.

Além de tudo isso tinha também os ratos do tamanho de tatus devorando os corpos, inclusive o do nosso sargento, muitos dos soldados estavam adoecendo com isso. Como não podemos abandonar nossas posições temos que fazer nossas necessidades dentro das trincheiras, sem contar a comida em péssimo estado, guardado em quartos de cimentos e tijolos.

Hoje pela manhã eu e meu cabo Arthur Ícaro estávamos preparando uma granada artesanal enquanto Helton kailan e Samuel Dantas sobrevoava a área dos franceses atirando flechas sobre eles, foi aí que eu e meu cabo Arthur ícaro decidimos avançar com a granada que fizemos e acertamos em cheio em uma das bases deles, eu acabei levando um tiro no braço e meu cabo levou outro na perna. Mas todo nosso esforço valeu a pena "quebramos as pernas dos franceses", e mesmos feridos estávamos felizes.

                                      Victor Luís Santos de Sousa, 14 anos, 9 ano b 2022.

 

RELATO IMAGINÁRIO DA GUERRA DE TRINCHEIRAS - ALUNA MAYRA SUELLEN - 9º ANO ESCOLA DINARTE MARIZ

Alemanha, 26 de maio de 1916, só hoje eu presenciei a morte de quase 500 dos meus colegas. O medo, a angústia, o frio e a fome estão tomando conta de mim! Nesse exato momento estou ao lado de um amigo, abatido no peito, agonizando os seus últimos minutos de vida — e eu, infelizmente, não posso fazer nada para ajudá-lo.

Diante de todas as emoções que estou sentindo terei que seguir firme para proteger o meu país e vingar a morte de todos os homens que morreram nessa terrível guerra, porque além dessas atrocidades, muitos dos nossos estão contraindo diversas doenças e mazelas como ferimentos, dedos dos pés amputados e febre altíssima. Todavia, a falta de medicamentos não ajuda para amenizar esse quadro terrível.

No inverno, o frio é uma tortura. Nos refúgios, os ratos correm livremente e se alimentam dos cadáveres. O mau cheiro está sendo insuportável, tanto dos mortos, quanto das fezes que estão por todos os lados. Sinto pingos molhados de chuva batendo no meu corpo pesadamente, no mesmo instante, avisto balas atravessando as trincheiras e atingindo mais soldados. Vejo que também fui golpeado.

Minha esposa e minha filha foram as únicas pessoas que vieram na minha mente nessa hora. Odeio essa distância, queria poder abraça-las e dizer o quanto amo-as, só que isso não é possível. E depois desse ferimento, penso ser algo improvável nos encontrarmos novamente.

Meses depois os comandantes do exército informaram a senhora Amélie, que o seu esposo faleceu durante o combate, onde o batalhão foi atacado e houveram inúmeras mortes. Por sorte encontraram uma pequena foto de sua família, no bolso da calça, o que facilitou ao comando encontrar e avisar os familiares.

 

Mayra Suellen de Oliveira Gomes,14 anos, 9 ano b 2022.

sábado, 26 de março de 2022

RELATO IMAGINÁRIO DA GUERRA DE TRINCHEIRAS - ALUNO ALEJANDRO MESSIAS - 9º ANO ESCOLA DINARTE MARIZ

 

Alemanha, 26 de maio de 1916,

 

     Para Samara, o amor da minha vida.

    Meu amor, como você está? E a Zoe? Estou morrendo de saudades das duas! Não vejo a hora de vê-las!

    São por volta das 8 da noite, está muito frio e ao mesmo tempo fedendo muito. Aqui tem mais ratos do que soldados. O cheiro é horrível, mas acho que estou me acostumando com o fedor dos corpos e das fezes.

    Aqui eu fiz um amigo e grande guerreiro, Dary Naked, mas ele, infelizmente, morreu, vítima de uma gripe que é o novo assunto do momento por aqui.

    Muitos soldados estão morrendo em consequência do gás mostarda, um gás extremamente venenoso e letal. Pelo que parece outro batalhão está chegando, trazendo recursos e novos soldados, estou aliviado com essa notícia já que a comida está muito escassa, fazendo-nos comer até mesmo os ratos que andam nas trincheiras.

    Estou com medo de ter que ficar nessas trincheiras que a cada dia que passa vai nos matando aos poucos. Quem pensaria que meu medo nem seria de ir para a batalha, e, sim, ter que dormir aqui.

    Amor, não tenho mais o que dizer para você, me desculpe se a carta estiver ilegível, mas saiba que eu a fiz com muito carinho. Cuide bem da Zoe, a nossa garota prodígio, e diga ao meu pai e minha mãe que eu os amos tanto que nem cabe aqui dentro. Se cuidem. Amos vocês!

Alejandro Messias Cavalcante, 14 anos, 9º ano a 2022.