sábado, 30 de maio de 2020

COMPARAÇÃO ENTRE A GRIPE ESPANHOLA E O NOVO CORONAVÍRUS





 


A pandemia provocada pelo novo coronavírus é assunto em todo o mundo desde o início de janeiro de 2020, quando os primeiros casos começaram a brotar e se espalhar a partir da China. 
Com o passar das semanas e o aumento dramático no número de infectados, eventos começaram a ser cancelados ou suspensos. Festivais e campeonatos esportivos foram paralisados. Líderes mundiais como o americano Donald Trump e a alemã Angela Merkel admitiram recentemente que vivemos o maior desafio global desde a Segunda Guerra Mundial, que durou de 1939 a 1945.


Quais as semelhanças entre a Gripe Espanhola e o Coronavírus?

Existem inúmeras semelhanças entre a pandemia de Gripe ocorrida no início do século XX e a situação que estamos enfrentando atualmente, apesar dos 100 anos que as separam. Mas para entendermos essas similaridades, é preciso lembrar o que foi aquele surto. 
A pandemia ocorrida em 1918 e 1919, conhecida como “Influenza Hespanhola”, tem sido considerada uma das mais devastadoras e letais da história. Esta enfermidade alastrou-se por todas as regiões do planeta e deixou o maior número de infectados e mortos, se comparada com as pandemias ocorridas até então. Ela teria vitimado 20 milhões de pessoas em todo o mundo (mas alguns estudiosos falam em 50 milhões de mortos). Em relação ao número de doentes, as dificuldades para o cálculo são ainda maiores e os números, mais assustadores: supõe-se que teriam adoecido pelo menos 600 milhões de pessoas. Existem várias teorias sobre a origem daquela pandemia. O certo é que ela foi propagada, e talvez gerada, pela queda dos padrões sanitários e pelos efeitos da escassez alimentar decorrentes da Primeira Guerra Mundial (conflito bélico ocorrido entre 1914 e 1918). Como consequência dessa situação calamitosa, a pandemia de gripe deixou, em alguns meses, um número maior de mortos do que a própria guerra. 
A denominação dada ao surto de 1918 vem do fato de que na Espanha não era segredo os estragos feitos pela gripe. As notícias sobre a pandemia eram publicadas livremente pelos jornais, o que dava a impressão de que lá havia muito mais doentes do que em outras regiões. Outros países preferiram suavizar o impacto causado pela enfermidade ou até mesmo censurar a imprensa a respeito do assunto. A ideia de esconder os estragos da epidemia foi defendida inclusive por instituições de prestígio como a Royal Academy of Medicine de Londres. 
“Espanhola” foi a denominação que chegou ao Brasil. Mas na verdade, esta enfermidade acabou recebendo inúmeros nomes diferentes. Os países afetados atribuíam uns aos outros a culpabilidade pela doença. Na Rússia, a doença recebeu o nome de Febre Siberiana; na Sibéria, Febre Chinesa; na França, Catarro Espanhol ou Peste da Senhora Espanhola; na Espanha, foi batizada com o nome de Febre Russa… 
Rapidamente, a doença expandiu-se pelo mundo. Provavelmente a rapidez com que se alastrou, em 1918 e no ano seguinte, deveu-se aos deslocamentos e contatos de grandes contingentes de tropas naquele período, devido à guerra e a volta desses soldados para seus países de origem. Mas também, pelo fato do vírus ser altamente transmissível.
Na época, não faltavam notícias dizendo que a doença havia sido uma criação dos alemães. Muita gente acreditava que a moléstia era engarrafada na Alemanha e depois distribuída por seus submarinos, que se encarregavam de espalhar as ditas garrafas perto das costas dos países inimigos. Apanhadas nas praias por gente inocente, espalhava-se assim aquela terrível enfermidade. 
A comunidade médica daquele período não conseguiu explicar como uma moléstia branda e tão familiar pudesse estar matando tanto. Desconhecia-se seu agente causador e a forma de contágio (as certezas a respeito de como a gripe é transmitida só vieram à tona na década de 1930). Assim, os médicos puderam fazer pouco para salvar a vida dos doentes. Tudo era feito na base da experimentação. 
Um dos remédios utilizados na tentativa de evitar a doença ou curar os doentes foi o quinino (medicamento utilizado originalmente para o combate da malária). Houve uma corrida às farmácias em busca desta substância, seu preço aumentou assustadoramente e o produto acabou se esgotando (situação parecida está sendo vivida atualmente em relação à busca por álcool gel e por máscaras, produtos que não são mais encontrados no comércio).
Considerada até aquele momento uma doença comum e corriqueira, que atacava especialmente idosos (chamada na época popularmente de “limpa-velhos”), a pandemia de 1918 acabou alterando a idade da população afetada. Morreram principalmente homens adultos, entre 20 e 40 anos (pessoas em idade de participarem do mundo do trabalho), o que causou surpresa entre a classe médica. As vítimas provavelmente precisavam sair de casa para trabalhar, e acabavam assim sendo infectadas.

Quanto ao Covid-19, esse novo vírus também se alastrou por todas as regiões do planeta e está deixando igualmente um número muito grande de infectados e mortos. Assim como a Gripe Espanhola, o Coronavírus está causando pânico, paralização da vida cotidiana de boa parte do planeta, vem deixando transparecer antigos problemas sociais e de saúde pública. Esse novo vírus é facilmente transmissível, assim como a gripe, o que facilita sua rápida propagação.  
Apesar dos 100 anos que as separam, Gripe Espanhola e Coronavírus tem também em comum a dificuldade dos poderes públicos em lidar com a quantidade muito grande de óbitos, ao não conseguirem dar um destino rápido aos corpos das pessoas mortas e ao terem que realizar sepultamentos em covas coletivas, situações presentes há um século e que já são observadas novamente nos países mais afetados pela pandemia. 
Em relação à idade das pessoas que faleceram em função deste novo surto pandêmico, é comum a fala de que o coronavírus é mais letal em pessoas idosas ou que já possuem algum problema de saúde. Entretanto, também existem inúmeros casos de pessoas jovens e saudáveis que vieram a óbito por Covid-19. Tenta-se passar a imagem que ele também é um “limpa-velhos” como a gripe era vista antigamente, mas os dados têm mostrado que a situação real não é exatamente essa. 
Se a Gripe de 1918 foi vista como sendo uma moléstia criada artificialmente pelos alemães, o mesmo boato foi espalhado em relação ao coronavírus. Há quem acredite que essa doença seria uma arma biológica, criada em laboratório ou um vírus propositalmente manipulado. Inúmeros boatos circularam na imprensa e nas redes sociais justificando tal teoria. Nos Estados Unidos, há quem acredite que a China foi quem produziu o vírus. Já os chineses acreditam que poderiam ter sido os Estados Unidos que levaram o vírus para seu país. Entretanto, os cientistas confirmaram tratar-se de um vírus que sofreu mutações naturais, transmitido aos humanos provavelmente a partir de algum animal na cidade de Wuhan, na China.
Ainda sobre a Gripe Espanhola cabe destacar que, naquela época, as autoridades brasileiras ouviram com descaso as notícias vindas da Europa. Acreditava-se que o oceano impediria a chegada da doença ao Brasil, o que não aconteceu. A doença chegou ao país a bordo do navio inglês “SS Demerara” (uma espécie de Correios britânicos), no dia 17 de setembro de 1918. Esse navio chegou com a tripulação contaminada e passou livremente pelos portos de Recife, Salvador e Rio de Janeiro, repleto de doentes. 
De início, não foram tomadas providências enérgicas para combater a epidemia, pois o Diretor Geral da Saúde Pública, Carlos Seidl, insistia que a gripe tinha um caráter benigno (não era a “espanhola” que estava atacando a Europa, e sim uma “gripezinha”). Seidl julgou que era desnecessário tomar qualquer medida preventiva contra o mal, mesmo com a quantidade de óbitos subindo a cada dia.
Conforme a situação foi piorando, os jornais e parte da população da capital federal passaram a reivindicar o retorno das quarentenas e isolamentos. Porém, Carlos Seidl insistia que quarentenas e isolamentos não eram “nem possíveis, nem legais, nem científicos”. Ele pediu a censura dos jornais, pois acreditava que estes acabavam por incutir crescente pânico na sociedade e ameaçavam a preservação da ordem pública. Segundo ele, o sensacionalismo histérico da imprensa estaria espalhando o pânico de uma epidemia. Em muitas regiões do país, os jornais foram censurados e proibidos de divulgar determinadas notícias a respeito da doença (como, por exemplo, o número de infectados e de mortos). 
Conforme a situação foi piorando, Carlos Seidl acabou sendo demitido do cargo e o sanitarista Carlos Chagas passou a chefiar o combate à pandemia, mudando o discurso sobre a doença dado pelo governo federal e tomando medidas mais enérgicas para o combate à enfermidade. Naquele contexto, a vítima brasileira mais ilustre foi o presidente Rodrigues Alves, que morreu em janeiro de 1919, antes de assumir o cargo para o qual havia sido eleito meses antes. 
Nos dias atuais, novamente se culpam os meios de comunicação por espalharem a sensação de pânico entre a população, ao anunciarem o grande número de vítimas em outros países. Novamente a imprensa é acusada de ser causadora de uma histeria desnecessária. Além disso, aqui no Brasil inúmeras pessoas passaram a negar a existência da pandemia. Muitos afirmaram que era uma mentira da imprensa, que nada daquilo era verdade. 
No dia 24 de março, nosso atual presidente da República deu um pronunciamento em rede nacional, no mesmo tom usado por Carlos Seidl há 102 anos atrás. Insistiu que o Coronavírus não passaria de uma “gripezinha”, que alguns governadores estariam equivocados ao decretar isolamento social, que o pânico gerado pela doença foi fruto do sensacionalismo da imprensa. Além disso, o presidente pediu que as pessoas retornassem ao trabalho, voltassem a normalidade assim como as pessoas que viveram em 1918 tentaram fazer no início daquele surto epidêmico. 
Enfim, as duas pandemias possuem inúmeras semelhanças, mas vale ressaltar também suas diferenças. Ao contrário da Gripe Espanhola, o atual surto tem sua origem já estabelecida, suas formas de propagação bem conhecidos e maneiras de evitar a contaminação. A situação está gerando uma corrida contra o tempo na busca por um remédio para curar os doentes e por uma vacina para tentar evitar novos casos. Não há comparação entre o conhecimento científico de um século atrás e o atual. Vale destacar aqui o importante papel que a Fundação Oswaldo Cruz vem desempenhando neste contexto. 
Esta instituição centenária já existia na época da epidemia de Gripe. Ela foi criada em 1900, com o nome de Instituto Soroterápico Federal, na distante Fazenda de Manguinhos, Rio de Janeiro. Seu intuito original era fabricar soros e vacinas contra a peste bubônica. Em 1909 mudou seu nome para Instituto Oswaldo Cruz, em homenagem àquele grande sanitarista, diretor da instituição. Aos poucos, foi ampliando suas atividades e seu papel dentro do cenário científico brasileiro.
A atual Fundação Oswaldo Cruz se tornou uma referência em termos de pesquisa e orientação sobre a pandemia que estamos vivendo. Além disso, há poucos dias, a Organização Mundial de Saúde oficializou a Fiocruz como laboratório de referência para o combate ao novo coronavírus nas Américas. O que significa que a instituição poderá receber amostras do Covid-19 de outros países da região, para realizar o sequenciamento genético, localizar mutações e seguir os estudos que possam levar ao desenvolvimento de uma vacina ou medicamentos. É um título conferido a poucos laboratórios no mundo.

7º ANO GEOGRAFIA - A FORMAÇÃO DO TERRITÓRIO BRASILEIRO ( ATIVIDADE II)





  É claro que o Brasil não brotou do chão como uma planta. O Solo que o Brasil hoje ocupa já existia, o que não existia era o seu território, a porção do espaço sob domínio, poder, soberania de um Estado organizado. O território do Brasil hoje ocupa uma área de 8 514 876 km². Em virtude de sua extensão territorial, o Brasil é considerado um país continental por ocupar grande parte da América do Sul. O país se encontra em quinto lugar em tamanho de território. A população brasileira está irregularmente distribuída, pois grande parte da população habita na região litorânea, onde se encontram as maiores cidades do país. Isso nada mais é do que uma herança histórica, resultado da forma como o Brasil foi povoado, os primeiros núcleos urbanos surgiram no litoral.

O Brasil nasceu modesto, possuindo apenas 2.800,000 km2, cerca de 35% do território atual. Era a área que cabia a Portugal pela divisão imposta pelo Tratado de Tordesilhas. Em 1580, por falta de um sucessor ao trono de Portugal, Felipe II, neto do rei da Espanha, único na linha sucessória, assumiu o trono. Essa nova relação,permitiu aos portugueses que viviam na colônia atravessar os limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas sem muitos problemas. Esse tratado dividia as terras da América do Sul entre Portugal e Espanha.


O Tratado de Tordesilhas, assim denominado por ter sido celebrado na povoação castelhana de Tordesillas, foi assinado em a 7 de Junho de 1494, entre Portugal e Castela (atual Espanha), definindo a partilha do chamado Novo Mundo entre ambas as Coroas, um ano e meio após Colombo ter descoberto a América.

 Os termos do Tratado: A divisão das terras descobertas e a descobrir era estabelecida a partir de um semi-meridiano estabelecido a 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas do Cabo Verde, que se situaria hoje a 46° 37' a oeste do Meridiano de Greenwich.

Os termos do tratado foram ratificados pela Espanha a 2 de Julho e por Portugal em 5 de Setembro do mesmo ano.De imediato, os termos do tratado garantiam a Portugal o domínio das águas do Atlântico Sul, essencial para a manobra náutica então conhecida como volta do mar, empregada para evitar as correntes marítimas que empurravam para o Norte as embarcações que navegassem junto à costa sudoeste africana, e permitindo a ultrapassagem do cabo da Boa Esperança.

Em 1640, Portugal recupera o trono. As terras a oeste do tratado já estavam ocupados pelos portugueses. Em 1750,o Tratado de Tordesilhas deixa de existir. O Brasil colônia possuía uma característica de arquipélago,por ser formado por áreas isoladas ou com contatos muito tênues, onde a troca de mercadorias ou pessoas pouco existia.

 No início da colonização, a população de origem europeia e africana ficou restrita ao litoral, desenvolvendo atividades econômicas com características extrativistas. No final do século XVI, os colonizadores começaram o cultivo de cana-de-açúcar e a montagem de engenhos, principalmente no litoral do nordeste. Esta produção era dirigida toda para exportação, por isso a escolha por sítios litorâneos.


 A ocupação do interior nordestino se deu através da introdução da pecuária bovina em áreas não propícias ao desenvolvimento da cana-de-açúcar. Nos séculos XVI e XVII, a lavoura canavieira e a criação de gado foram as atividades que contribuíram para a efetivação da ocupação do espaço brasileiro e sua expansão territorial.  

No século XVII, a descoberta de minerais provocou o deslocamento do povoamento de forma mais intensa para o interior. Os responsáveis por descobrir os recursos minerais foram os bandeirantes, com suas expedições saindo de São Paulo, sendo estes os responsáveis pela expansão do território brasileiro.

6º ANO - TIPOS DE MAPAS (GEO. - II ATIVIDADE)






Os mapas são instrumentos de comunicação, servem para representar graficamente uma dada área do espaço terrestre. Os mapas e cartogramas não objetivam representar todas as informações presentes na superfície, mas apenas aquilo que o autor deseja demonstrar.

Algumas dicas para entender um mapa

1) Procure a orientação do mapa. A maioria dos mapas é desenhada com o Norte apontando para cima;

2) Entenda a escala do mapa. A escala geralmente está localizada no lado ou embaixo do mapa. Se aparecer algo como 1: 100 000, isso significa que uma unidade no mapa é o equivalente a 100.000 unidades na vida real;

3) Preste atenção à latitude e longitude. Esses valores poderão ser úteis caso você esteja navegando, voando ou viajando longas distâncias;

4) Leia as curvas de nível. As curvas de nível representam o quão alto ou baixo é um terreno. Quando as curvas de nível estão bem próximas, indica que o declive é acentuado; quando elas estão mais afastadas, o declive é suave;

5) Examine a legenda. A maioria dos mapas apresenta uma legenda ou explicação dos símbolos. A maneira que o mapa representa os dados é uma chave para compreender o resto dele.

TIPOS DE MAPAS

Por isso, os mapas podem ser divididos em vários tipos e a sua classificação varia de acordo com o tema tratado. Por esse motivo, dá-se o nome de mapas temáticos.

Mapas físicos: são mapas que representam a superfície física da terra, como as formas de relevo, a hipsometria (as altitudes da terra divididas em cores), a hidrografia, o clima, entre outros. Exemplo de Mapa físico:


Mapas econômicos: são mapas que representam a produção do espaço econômico, isto é, as atividades econômicas de uma determinada área, bem como a distribuição de dados estatísticos, por exemplo: a receita financeira dos estados brasileiros, o índice de População Economicamente Ativa (PEA) de uma região etc.


Mapas demográficos: trata-se da representação espacial das populações, como índices populacionais, taxas de analfabetismo, migrações etc. Abaixo o mapa mostra os estados que possuem a maior proporção de pobres:


Mapas políticos: representam as divisas e fronteiras entre países e/ou entre unidades federativas estabelecidas e consolidadas politicamente.
 
Mapas históricos: são mapas utilizados para representar algum acontecimento em algum período histórico, como as áreas colonizadas no Brasil até o século XVII.


sexta-feira, 29 de maio de 2020

6º ANO - A ARTE NO EGITO ANTIGO ( V ATIVIDADE )


A Arte Egípcia nasceu há mais de 3000 anos a.C. e está ligada à religiosidade, visto que a maior parte das suas estátuas, pinturas, monumentos e obras arquitetônicas se manifesta em temas religiosos.
Assim, o interior dos templos, bem como as peças ou espaços relacionados com o culto dos mortos, eram artisticamente elaborados. Os túmulos são um dos aspectos mais representativos da arte egípcia.
Isso porque os egípcios acreditavam na imortalidade da alma e que ela poderia sofrer eternamente, caso o corpo fosse profanado.
Daí decorre a mumificação e o caráter monumental do local onde as múmias eram colocadas, cujo objetivo estava voltado para protegê-las pela eternidade.

 Pintura Egípcia

O faraó contratava artistas para desenhar e pintar nas paredes das pirâmides, que viriam a ser os seus túmulos. Essas pinturas detalhavam a vida deles e seu entorno, de modo que essa arte registra parte da história do Egito.



Nessa sociedade, a arte era produzida de forma padronizada e não dava espaço para a criatividade.
Dessa maneira, foi realizada uma arte anônima, pois o importante era a perfeita realização das técnicas executadas e não o estilo dos artistas. A dimensão das pessoas e objetos não caracterizava uma relação de proporção e distância, mas sim os níveis hierárquicos daquela sociedade. Assim, o faraó era sempre o maior dentre as figuras representadas numa pintura.


Cores e tintas na Arte do Egito Antigo

As tintas utilizadas nessas pinturas eram extraídas na natureza:
  • Preto (kem): associado à noite e à morte, a cor preta era obtida do carvão de madeira ou de pirolusite (óxido de manganésio do deserto do Sinai).
  • Branco (hedj): extraído do cal ou gesso, o branco simbolizava a pureza e da verdade.
  • Vermelho (decher): representava a energia, o poder e a sexualidade e era encontrado em substâncias ocres.
  • Amarelo (ketj): estava associado à eternidade e era extraído do óxido de ferro hidratado (limonite).
  • Verde (uadj): simboliza a regeneração e a vida e era obtido da malaquite do Sinai.
  • Azul (khesebedj): extraído do carbonato de cobre, o azul estava associado ao rio Nilo e ao céu.

Características da Pintura Egípcia

Existiam muitas normas a serem seguidas na pintura e no baixo-revelo produzidos no Antigo Egito:
  • Ausência de três dimensões;
  • Ausência de sombra;
  • Utilização de cores convencionais.

Lei da Frontalidade

A lei da frontalidade é a característica mais marcante na pintura egípcia. Essa regra determinava que o tronco das pessoas deveria ser representado de frente, enquanto a cabeça, pernas e pés exibidos de perfil. Os olhos também são retratados de frente. Essa maneira de representação cria uma combinação visual lateral e frontal.

8º ANO - INSURREIÇÃO PERNANBUCANA DE 1817 ( HISTORIA - V ATIVIDADE )


 A Revolução Pernambucana de 1817 foi um movimento separatista – o último que ocorreu no período colonial – de caráter republicano que aconteceu na Capitania de Pernambuco. Esse movimento foi liderado pelas elites locais, porém contou com grande adesão popular assim que foi deflagrado. Essa revolta teve como causa direta as mudanças ocasionadas nessa região por causa da transferência da Corte portuguesa para o Brasil em 1808.
ESTADOS PARTICIPANTES DA REVOLUÇÃO PERNANBUCANA


Causas da Revolução Pernambucana

A Revolução Pernambucana de 1817, assim como a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana, foi um movimento de caráter separatista e republicano que ocorreu no Brasil colonial. A grande diferença desse movimento para os outros dois citados foi que a Revolução Pernambucana conseguiu superar a fase conspiratória e chegou a tomar o poder local por mais de dois meses.
Esse movimento foi motivado pela insatisfação popular com as péssimas condições de vida que existiam nessa época e, principalmente, pela insatisfação das elites locais, cujos interesses conflitavam com os da Coroa portuguesa. Essa tensão foi ampliada com a divulgação dos ideais iluministas nessa região.
A Revolução Pernambucana estava diretamente relacionada com a vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808. Com esse evento, a vida dos colonos em Pernambuco alterou-se de muitas formas. Primeiramente, houve o aumento de impostos em Pernambuco para manter os luxos da Corte e para financiar as campanhas militares promovidas no sul (Cisplatina).
Essa política da Corte manifestou-se nos impostos criados sobre a produção de algodão local. Além disso, cobrava-se da população do Recife uma taxa sobre a iluminação pública da cidade do Rio de Janeiro. Esse aumento na carga de impostos gerou grande descontentamento, principalmente porque a economia local estava em crise decorrente da redução na produção do açúcar e do algodão – principais produtos da economia local.
Além disso, D. João VI nomeou vários portugueses, que haviam mudado para o Brasil junto com ele em 1808, para cargos administrativos importantes de Pernambuco e também para funções no exército. Isso também desagradou às elites locais, que se viram prejudicadas com essas ações em favor dos portugueses.
A existência de grande desigualdade social também foi algo importante, pois a insatisfação causada ajudou a mobilizar as camadas populares. Por fim, a difusão dos ideais iluministas, que deu base ideológica ao movimento, foi propiciada por uma loja maçônica, o Areópago de Itambé, e pelo Seminário de Olinda.
O movimento contou com as elites locais, compostas por grandes comerciantes e alguns grandes proprietários, e teve adesão também de militares, juízes, pequenos comerciantes, artesãos e muitos padres. A grande adesão de padres ao movimento, inclusive, fez com que essa rebelião também ficasse conhecida como Revolução dos Padres.
Além disso, a região de Pernambuco tinha um grande histórico de rebeliões, como a Insurreição Pernambucana e a Guerra dos Mascates. No começo do século XIX, a insatisfação local motivou ainda outro movimento contra a Coroa, conhecido como Conspiração dos Suassunas, porém, após ser denunciado, foi desmontado em 1801.

Início da Revolução Pernambucana

A Revolução Pernambucana teve início, de fato, em 6 de março de 1817, quando o brigadeiro português Manoel Joaquim Barbosa de Castro foi assassinado ao realizar ordem do governador local de prender supostos envolvidos em uma conspiração. Esse assassinato foi cometido pelo capitão José de Barros Lima, que reagiu à voz de prisão realizada pelo brigadeiro.
Em seguida, essa rebelião espalhou-se por toda a cidade de Recife, o que forçou o governador local a abrigar-se no Forte do Brum. Logo depois, esse mesmo governador, Caetano Pinto de Miranda Montenegro, fugiu para a capital Rio de Janeiro. Os rebeldes, vitoriosos, implantaram um Governo Provisório que decretava diversas mudanças em Pernambuco.

9º ANO - O QUE É O SOCIALISMO? ( GEOGRAFIA - III ATIVIDADE)



O Socialismo é um sistema político-econômico ou uma linha de pensamento criado no século XIX para confrontar o liberalismo e o capitalismo. A idéia foi desenvolvida a partir da realidade na qual o trabalhador era subordinado naquele momento, como baixos salários, enorme jornada de trabalho entre outras.



Nesse sentido, o socialismo propõe a extinção da propriedade privada dos meios de produção e a tomada do poder por parte do proletariado e controle do Estado e divisão igualitária da renda.

Os precursores dessa corrente de pensamento foram Saint-Simon (1760-1825), Charles Fourier (1772-1837), Louis Blanc (1811-1882) e Robert Owen (1771-1858), conhecidos como criadores do socialismo utópico.

Outros pensadores importantes que se enquadram no socialismo científico são os conhecidos Karl Marx e Friedrich Engels.

Apesar das idéias socialistas terem sido criadas ainda no século XIX, foram somente no século XX colocadas em vigor. O primeiro país a implantar esse regime político foi a Rússia, a partir de 1917, quando ocorreu a Revolução Russa, momento em que o governo monarquista foi retirado do poder e instaurado o socialismo. Após a Segunda Guerra Mundial, esse regime foi introduzido em países do leste europeu, nesse mesmo momento outras nações aderiram ao socialismo em diferentes lugares do mundo, a China, Cuba, alguns países africanos e outros do sudeste asiático.

Diante de todas as considerações, a seguir os principais aspectos do socialismo que deixam claro a disparidade com o sistema capitalista.

• Socialização dos meios de produção: todas as formas produtivas, como indústrias, fazendas entre outros, passam a pertencer à sociedade e são controladas pelo Estado, não concentrando a riqueza nas mãos de uma minoria.

• Não existem classes, ou seja, existe somente a classe trabalhadora e todos possuem os mesmos rendimentos e oportunidades.

• Economia planificada: corresponde a todo controle dos setores econômicos, dirigidos pelo Estado, determinando os preços, os estoques, salários, regulando o mercado como um todo.

O socialismo que foi desenvolvido no decorrer do século XX e que permanece em alguns países até os dias atuais é conhecido por socialismo real, em outras palavras foi executado de forma prática.

Por outro lado, o socialismo ideal é aquele desenvolvido no século XIX, que pregava uma sociedade sem distinção e igualitária, que acabava com o capitalismo. Os pensadores dessa vertente socialista eram em sua maioria anarquistas.

O principal pensador do socialismo foi Karl Marx, para ele esse regime surgiu a partir do capitalismo e seus meios de produção, tendo seu controle desempenhado pelo proletário, assim como o Estado, que posteriormente seria extinto, dando origem ao comunismo que corresponde a uma sociedade sem governo, polícia, forças armadas entre outros, além de não possuir classes sociais e economia de mercado.

Após o declínio do socialismo, a partir de 1991 com a queda da União Soviética, o sistema perdeu força no mundo, atualmente poucos países são socialistas, é o caso da China, Vietnã, Coréia do Norte e Cuba.

9º ANO - A CRISE DE 1929 – O NEW DEAL (VI ATIVIDADE)






Em 1933, Franklin Delano Roosevelt assumiu o cargo de presidente dos Estados Unidos. Seu mandato não foi nada fácil. O novo presidente havia assumido o poder e herdado, do governo anterior, do então ex-presidente Herbert Hoover, as consequências sociais e econômicas deixadas pela crise capitalista de 1929, ou seja, a quebra da Bolsa de Nova York.

Devido à crise de 1929 que os Estados Unidos da América enfrentavam foi criado o New Deal (novo acordo), com o intuito de o estado intervir na economia, onde este era liberal, ou seja, os norte americanos viviam o chamado liberalismo econômico onde o estado não intervém nas atividades econômicas. Este foi o maior fator para o fim do capitalismo liberal. Influenciado pela teoria econômica de John Maynard Keynes, economista britânico que apontava a necessidade da mediação econômica do Estado para garantir o bem-estar da população, ação que o liberalismo seria incapaz de realizar.

O “novo acordo” foi um conjunto de medidas criado no governo de Franklin Delano Roosevelt (1933-1945), visava tomar medidas econômicas que garantissem o pleno emprego dos trabalhadores. A teoria econômica de John Maynard Keynes Keynes defendia, também, uma redistribuição de lucros para que o poder aquisitivo dos consumidores aumentasse de acordo com o desenvolvimento dos meios de produção. O New Deal abrangia a agricultura, a indústria e a área social. O principal objetivo do New Deal, era criar condições para a diminuição do desemprego, através da articulação de investimentos estatais e privados. Entre as principais medidas estavam:

# Concessão de empréstimos aos fazendeiros arruinados para que pagassem as suas dívidas e reordenassem a produção;
# Controle da produção visando à manutenção dos preços dos produtos;
# Fixação dos preços de produtos básicos, como carvão, petróleo, cereais etc.
# Realização de diversas obras públicas, para a criação de novos empregos, visando os milhões de desempregados.
# Aumento do salário dos empregados;
# Criação de um salário-desemprego para aliviar a situação da miséria dos desempregados;
# Jornada de trabalho de 8 horas;
# Legalização dos sindicatos;
# Erradicação do trabalho infantil;
# Criação da previdência social;

O estimulo à contratação de trabalhadores, buscando uma situação de pleno emprego da população economicamente ativa e as ações de seguridade social estimulariam o consumo da população, aquecendo a produção industrial, agrícola e de serviços em todos os níveis. Além disso, a intermediação dos sindicatos nas negociações das reivindicações tentava evitar violentos conflitos, garantindo a ordem social. Essa perspectiva de atuação econômica via o capitalismo como um modo de produção integrado, no qual o aumento do consumo, principalmente dos trabalhadores, estimularia um desenvolvimento em cadeia de todos os setores econômicos.

As medidas alcançaram êxito, revigorando novamente o capitalismo norte-americano, ao ponto de estudos afirmarem que dez anos após a implantação do New Deal, os EUA se aproximaram dos patamares econômicos em que se encontravam em 1929.

O New Deal influenciou as políticas econômicas na Europa ocidental, no que ficou conhecido como Welfare State, políticas de bem-estar social que proporcionaram o boom econômico do pós-guerra. O Estado garantia uma distribuição menos desigual de renda e criava infraestruturas necessárias a uma vida digna para a maioria da população, investindo em saúde, educação e transporte.

Somente na década de 1970, com as graves crises que assolaram o mundo capitalista, que as medidas keynesianas, como o New Deal, foram sendo substituídas e dando lugar a novas políticas de orientação liberal. Começava a época do neoliberalismo econômico.

Em 1933, Franklin Delano Roosevelt assumiu o cargo de presidente dos Estados Unidos. Seu mandato não foi nada fácil. O novo presidente havia assumido o poder e herdado, do governo anterior, do então ex-presidente Herbert Hoover, as consequências sociais e econômicas deixadas pela crise capitalista de 1929, ou seja, a quebra da Bolsa de Nova York.

ATIVIDADE REMOTA - 9º ANO

01) Faça uma pesquisa sobre o LIBERALISMO ECONÔMICO.




02) O que foi o New Deal?






03) Fale das medidas tomadas pelo New Deal e os resultados.